sexta-feira, julho 14, 2006

No bird! No plane! You know who...



É o seguinte, como a crítica americana apontou e eu confirmei ao assistir, Superman Returns será o grande divisor de opiniões das adaptações super-heróicas. Em boa parte por causa de um spoilerzinho safado que eu não vou comentar por aqui, que pode ou não acarretar futuros problemas para o grande plot da franquia. Vai ter gente adorando e gente odiando.

Vamos ao meu caso. Eu gostei. O filme é muito bom! Como eu disse antes, “in Singer we trust!” O cara tem apenas 31 anos e já se mostra um mestre dos blockbusters, nos trazendo em seqüência um acerto atrás do outro desde o primeiro X-Men, tirando leite de pedra de um orçamento apertado.

Em Superman Returns, o tio Singer já pode brincar com mais tranqüilidade, comandando um filme de quase 260 milhões de doletas. E faz bonito, tanto no aspecto técnico (com efeitos visuais de deixar qualquer um de queixo caído) quanto no roteiro, que sim, apresenta alguns furos, mas também toma certas liberdades “quadrinísticas” numa história mais quatro cores, deixando para trás o mundo cinzento dos mutantes.

O longa começa com um resuminho escrito da origem do herói e dizendo que alguns astrônomos acharam resquícios de um planeta que poderia ser Krypton. Superman surta e vai atrás pra ver se é verdade mesmo. Não achando porruma ele retorna, mas nisso passam-se 5 aninhos. Quando ele volta, precisa se adaptar a um mundo que aprendeu a viver sem ele. Bem, nem tanto o mundo, mas sim a intrépida repórter Lois Lane, que tocou a vida pra frente, arrumou um cara legal e teve um filho.

Em outra vertente da história, vemos o careca mais legal da vilania, Lex Luthor, pondo em prática seu plano diabólico de usar a mesma tecnologia aplicada para criar a fortaleza da solidão, para criar seu próprio continente, que em tempo engolirá boa parte da América do Norte, matando milhões... não... BILHÕES no processo. E é claro, Luthor que não é burro, ainda mistura o cristal da criação com kriptonita, criando assim um híbrido venenoso ao homem-de-aço.

O roteiro é quase que um remake do primeiro filme... hehehehe! A estrutura toda está lá bonitinha. Algumas pessoas podem gostar, outras podem achar uma merda. Eu acho que para uma retomada do personagem, não atrapalha. Mas espero que uma continuação se mostre mais original.

Vamos ao elenco. Brandon Routh, parabéns! Mandou bem pra caralho. Praticamente desconhecido, assim como o tio Reeve, chegando e fazendo bonito. Como o tio Spacey já disse, Singer parece ter um faro para achar novos talentos como Hugh Jackman.

E falando em Spacey, Luthor é foda. Sinistro e engraçado no tom correto. Imagino a diversão dele no papel. Tudo bem que eu tenho mais preferência pelo Luthor do desenho da Liga, principalmente nos últimos episódios, maaaaaaaaaas não vou desmerecer o excelente trabalho de Kevin.

Kate Bosworth como Lois Lane. Beeeeeem, nada contra ou a favor. Ficou legal, mas nada de extraordinário (pelo menos ela é mais bonita). James Marsden interpreta Richard White, novo amor de Lois, e parece estar se especializando no papel de corno manso, afinal era a mesma coisa com Ciclope. Bem, pelo menos aqui ele brilha mais até... vá entender.

Marlon Brandon... aparece pouco, mas hey... é o MARLON BRANDON, PORRA!

E agora... os efeitos. Fooooodas pra cacete! Mais uma vez acreditamos que um homem sabe voar. Parabéns a Rhythm & Hues Studios. Mas não só os efeitos, mas como toda a parte de design de produção está do caralho. O visual do filme é saudosista e presta homenagens aos filmes do Donner, com o direito a uma seqüência de títulos idêntica, enquanto viajamos pelo espaço (dessa vez digital).

E o que seria da abertura sem a música. John Ottman reproduz com fidelidade a trilha de John Williams, além de dar o seu toque depois.

Bitching about something? Poooooooooderia ser muito melhor. O problema, eu desconfio, chama-se Warner. Executivos de grandes estúdios costumam ser um povo já meio ignorante e burro. Os da Warner transcendem essa categoria e são amebas ectoplasmáticas. Com tanta grana em jogo eu duvido que eles não ficaram cafungando besteiras sobre os ombros de Singer. Podia também, ter mais ação. São duas horas e meia que contam apenas com duas grandes seqüências. Quero ver um próximo filme com um vilão que possa bater... bater mesmo... porrada... de frente com o azulão. Braniac está nos meus sonhos nerds, assim como Darkseid (se fizerem, vai ser um filminho caaaaaaro). Quero ver Metropolis sendo reduzida a escombros enquanto duas entidades super-poderosas de digladiam. Quero uma versão melhorada da luta final em Matrix Revolutions. Quero ver destruição e caos... hahahahahaha! Riam comigo... HAHAHAHAHA!

Bem, de qualquer maneira, Superman Returns tá no meu top 10 filmes de super-heróis. A trilogia mutante e os filmes do aracnídeo. Como eu disse hoje para um amigo meu, um filme do Homem-Aranha só pode ser superado por outro filme do Homem-Aranha.



E falando no amigo da vizinhança...

Spidey 3

Nuff' said!

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