sábado, julho 22, 2006

YO HO, YO HO... AND A BOTTLE OF RUN!



Desculpa aí azulão, mas o filme do ano por enquanto está sendo este. Piratas do Caribe 2: O Baú da Morte é fooooooda! E na minha opinião pessoal, ainda mais que o primeiro. Fui assistir esperando duas horas e meia de Jack Sparrow e suas piadinhas, mas o que encontrei a surpresa de um ótimo filme, onde não apenas sobra para o pirata mais legal dos sete mares carregar nas costas, mas todos os personagens tem suas devidas participações e com bastante competência.

O longa é pura diversão do início ao fim, mas sem fazer do roteiro algo bobo e infantil. Pelo contrário, tem coisas ali que não são para crianças. Difícil acreditar, às vezes, que seja um filme da Disney.

O filme começa com o casamento interrompido de Elizabeth Swann (Keira Knightley brilhando ainda mais) e Will Turner (Orlando Bloom, sendo o bom moço de sempre, e tendo bons momentos). Os dois são condenados à prisão pelo inescrupuloso Lord Cutler Beckett (Tom Hollander) por ajudarem um certo pirata no filme anterior. Enquanto isso, Jack Sparrow (sempre o fenomenal Johnny Depp) se vê às voltas com Davy Jones (Bill Nighy, que conseguiu criar um personagem digital tão, ou mais interessante que Gollun), capitão do legendário navio, o Holandês Voador, que conta com uma tripulação de almas atormentadas, que lhe devem servidão eterna. Uma das almas que ele pretende cobrar é do próprio Sparrow, que agora precisa encontrar a única coisa que pode deter o cthulhulhesco capitão, o conteúdo do báu do homem morto.

Os caminhos de Will e Jack se encontram novamente quando Will, fazendo um acordo com Lord Beckett, precisa pegar a bússula mágica do capitão do Black Pearl em troca da liberdade de sua amada. E Will ainda se verá às voltas com seu pai, Bootstrap (Stellan Skarsgård), que agora faz parte da tripulação escrava de Jones.

O roteiro pode complicar para os mais desatentos, mas está longe de ser confuso para quem presta o mínimo de atenção. Com mais personagens e mais tramas paralelas que o primeiro, é muito interessante de se ver como os caminhos de todos vão se cruzando. É importante lembrar também que o filme não acaba. Termina com um gancho, digno de um De Volta para o Futuro 2, que te deixa com o coração na mão (com o perdão do trocadilho... assistam e entenderão), esperando ansiosamente pelo terceiro. Na última ceninha do longa, o retorno de um querido personagem do primeiro me deixou boquiaberto. Ganha um doce quem adivinhar.

Do aspecto técnico... Caralho! So falando assim. Davy Jones e sua tripulação de piratas/monstros marinhos, são os personagens digitais mais impressionantes desde Gollun e King Kong. É a Industrial Light and Magic correndo atrás do preju deixado pela concorrente Weta. Usando a mesma técnica de captura de movimento, utilizado por Andy Serkis, Bill Nighy deu vida ao pirata com tentáculos... e que vida. Davy Jones jamais parece fake em nenhum momento, mesmo em closes. E a performance de Nighy não desaparece, pelo contrário... se sobressai a qualquer efeito especial. Quem conhece o ator, vai reconhecer seus trejeitos.

E o que falar do resto da tripulação. Impressionante! Seja na realização, seja no design de personagens tão variados, como o imediato cabeça de martelo ou daquele que é tão velho, que faz parte da carcaça do navio. Também não posso deixar de comentar sobre o Kraken, um monstro gigante e tentaculoso comandando por Davy Jones. Outra criação digital memorável.

Outro ponto forte da produção reside em sua trilha sonora. Dessa vez, na mão de Hans Zimmer, que pegou o tema do primeiro filme, criou novos e fez um belíssimo trabalho. Estou escutando neste momento. Foda!

Contras? Muitos poucos. Acho que certas ceninhas de ação, como a perseguição dos canibais, podiam ser menos over... Certas coisinhas ali parecem saídas de um desenho animado. Maaaaaas pelo menos proporcionam boas gargalhadas, talvez pelo absurdo delas. Mas acho que é só isso que tenho de reclamação.

Agora nos resta aguardar pelo terceiro, em Maio de 2007. Quem quiser ver as primeiras imagens cliquem aqui... por sua própria conta e risco.



Savvy?