sexta-feira, março 26, 2010

A Mitologia Grega é minha puta!


Comprei no sábado e terminei na quarta. God of War 3 é mais do que um game... É uma catarse. O jogo é de uma excrotidão e de uma violência libertadora e tão caricata que dá a volta... algumas vezes, e deixa de ser pesado pra ser até cômico.

O game conta a conclusão da saga vingativa de Kratos, o fantasma de Esparta, atormentado pelos erros de um passado negro e querendo dar um fim a tudo... tudo mesmo... no final restará apenas o caos, em suas próprias palavras. Olhou torto, vai morrer!

Como simpatizar com Kratos, um cara que mata tudo que se move e não tem compaixão por quase nada? Simples, o resto da galera também não é flor que se cheire. Só tem filho duma égua entre Olimpianos e Titãs. E vai todo mundo pra vala... ou o Rio Styx. Kratos representa o nosso sentimento de baixar o cacete em tudo que esta de errado no mundo. Pense nisso a  próxima vez que um corno safado te cortar no tráfego e um círculo vermelho girando aparecer em cima da cabeça dele.

God of War 3 foi produzido pelo SCE Santa Monica Studio e dirigido por Stig Amussen (que trabalhou como animador no primeiro jogo), que teve o dever de trazer uma das franquias mais famosas da Sony para a atual geração. Façanha esta, muuuuuuito bem executada, já que God of War 3 é provavelmente o jogo mais bem feito da atualidade, rivalizando com Uncharted 2, Modern Warfare 2, Killzone 2 um alguns POUCOS outros.

Os gráficos são de uma competência cinematográfica. Um abuso do hardware do PS3. Os estágios em movimento em cima dos Titãs são pouquíssimos, mas são os melhores. O jogo abre com Kratos em cima de Gaia e não demora muito para o ex-deus da guerra e atual deus da joselitagem, enfrentar o primeiro olimpiano, Poseidon, numa batalha épica e vertiginosa, em cima da Titã.

O resto do jogo segue num ritmo variado, do mais calmo e explorador, resolvendo puzzles, ao mais alucinado, enfrentando tudo que a mitologia grega tem a oferecer, mais a pia da cozinha.


A história, diferente da do segundo game, é bem mais focada. Kratos só quer matar Zeus... e quem mais ficar no seu caminho. Para tanto, é necessário realizar certas tarefas, como a de resgatar a menina Pandora (talvez a única alma neste mundo por quem Kratos ainda nutre alguma afeição, por lembrar de sua filha), numa trama que mais uma vez envolve a famosa caixa.

Senti a jogatina mais curta que nos anteriores, mas não tirou a diversão. As outras dificuldades oferecem um fator replay, e quando você zera, ainda ganha acesso à vários vídeos de making of e a desafios, semelhantes aos do Batman Arkham Asylum.

É o fim de uma trilogia épica e por mais que a galera gostasse de um quarto, eu acho que tá bom por aí. A SCE Santa Monica Studio pode partir para outra, quem sabe, nova franquia de sucesso.

Ah, sim! E ainda é a melhor trilha sonora de games EVEEEEEERRRRRR!

T+