sexta-feira, maio 23, 2008

Henry Jones Junior...



... Pois Indiana era o nome do cachorro.

Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal pode não ser o melhor da franquia, mas foda-se... o negócio é bããããããão. Puro divertimento como um filme do arqueólogo tem que ser. E com um plus na história, dada a nova época em que ele se passa, onde sai o a corrida ocultista nazista, para entrar no período de guerra fria e começar OUTRO tipo de corrida. Nada mais de artefatos místicos. O artefato da vez tem uma origem que apenas Mulder e Scully podem explicar. Fãs radicais podem achar uma merda, mas eu achei do caraaaaalêo e tem tudo a ver com a década em questão... os anos 50. Tempos da brilhantina, o medo vermelho, o caso Roswell (tá, eu sei que foi em 47), e a área 51 (o depósito onde a arca foi guardada). Bem-vindos ao admirável mundo novo, onde a aventura de Indy toma novos e divertidos rumos, dignos de uma revista em quadrinhos da época.

Os defeitos do filme... bem... existe hoje nos EUA uma tendência a amenização da violência nos filmes... e por amenização, leia-se, boiolagem. Indy não dispara um tiro sequer e sua contagem de corpos é... bem, duas pessoas, fora as mortes que ele causa de modo indireto. Diferente dos bons anos 80, onde ele rivalizava com o Rambo.

Não vou negar que já era de se esperar um filme menos violento que os anteriores... afinal de contas, as crianças de hoje em dia não são os animais psicopatas de ontem... como eu. Afinal, depois de assistir Robocop no cinema, eu hoje torturo e mato pessoas por puro prazer sádico.

Outro fator é que metralhar soldados soviéticos não seria tão divertido ou politicamente correto quanto chacinar hordas nazistas... afinal, nazista não era gente. Bem, pra mim qualquer matança em filme é divertida, mas fazer o quê?

Ah! Faltou uma armadilha mais digna de Indiana Jones do que a única filha de mãe solteira que aparece.

Bem, tirando essas coisinhas, não tenho muito do que reclamar. O elenco, apesar de excessivo (tem gente sem muita função prática), está mandando bem e cumprindo seu papel de divertir. Ford mostra que vai ser o personagem até de cadeira de rodas. Shia está duca. Galadriel malvada também.

O roteiro tem furos e mentiradas dignos dos pulps. E quem achou que tem efeitos digitais em excesso, tem mais é que chupar um canavial de rola e parar com falsa nostalgia. Se esquecem que o final de Raiders é uma apoteose de efeitos, porra? As cenas de ação se mantiveram fiéis ao estilo na medida do possível, e dublês digitais só foram usados em casos onde mal dá pra se ver as pessoas... tipo eles caindo com o carro/barco das cataratas. De resto, é gente profissa botando o seu na reta. Aos ranhetas de plantão, pica no raaaaaaaabo.

É isso... nota 9. Ah, sim... Eu assisti duas vezes no mesmo dia, pois certas coisas são sagradas.

Jones is back, babe!

T+