domingo, agosto 15, 2004

A caixinha de areia de Pitof...



Nas palavras do falecido Marlon Brando: The horror... the horror!!!! Sim, hoje, num ato insólito de puro masoquismo, eu me sujeitei a assistir Crapwoman. UaU! Que merda de filme. Que roteiro medonho. Que trama previsível. Eu sei que vai doer escrever sobre isso, mas vamos lá!

Hale interpreta Patience Phillips, uma desenhista que trabalha no setor de publicidade de uma empresa de cosméticos. O início do filme rola meio como um sitcom, com todos os clichês possíveis. Patience é uma completa anta social e não consegue encarar a vida (plágio alert... Peter Parker).

Até que ela descobre que o novo produto que será lançado pelos seus chefes é nocivo para quem usa (plágio alert... os produtos alterados pelo Coringa no primeiro Batman), mas que irá para as lojas mesmo assim. Aparentemente não existe fiscal de saúde no universo do filme. Será que não notaram que quando eventualmente descobrirem que a parada fode com a pele, vai chover processos que levarão a empresa à falência? Belo plano, Flipper! Anyway... por ouvir o que não devia, Patience é morta, mas é trazida de volta à vida pelo deus gato egípcio (plágio alert... bem, no segundo filme do Batman, acontece algo semelhante). Nasce então, a Mulher-Gato, um belo par de peitos saltitantes. Daí, como se já não fosse ruim o bastante, é ladeira abaixo.

Com a "libertação" da tímida Patience, o filme tenta passar uma mensagem feminista, mas falha miseravelmente, ao colocar a protagonista vestida de piranha com chicote, e uma vilã que tem dor de cotovelo por ser uma ex-modelo quarentona que se rói de inveja das mais novas. Sharon "she must be very" Stone interpreta a versão feminina do Lápide (aquele vilão do Homem-Aranha), que de tanto usar os tais cremes, ficou com a pele dura que nem mármore. Não é à toa que o seu marido, interpretado pelo Lambert "Marovíngio" Wilson, gosta de por chifres nela. Deve ser uma merda ir pra cama com uma mulher com pele de pedra.

Ainda é difícil de acreditar que foram necessárias três cabeças para pensar num roteiro tão bisonho. Felizmente, o filme só escapa de ser uma desgraça completa como o antigo Quarteto Fantástico, por causa dos inexplicáveis 100 milhões injetados na bunda da produção, o que rendeu belos efeitos especiais (plágio alert... dublês digitais como Homem-Aranha). O filme acaba sendo uma casca bonitinha, sem nenhum recheio, mostrando claramente de onde veio o diretor Pitof (que disputa o título de pior nome artístico com o McG), que antes era diretor de efeitos especiais.

Com uma grana dessas, podiam também ter feito uma trilha melhor. Ficou parecendo música de seriado de televisão, feita por algum compositor de filmes pornôs.

O que mais doeu foi ver nos créditos iniciais que a personagem tinha sido criada por Bob Kane. O velho deve estar dando voltas no túmulo até agora. Se a intenção era reinventar a personagem, porque que ao menos não fizeram algo mais original? Ahhh, Warner... Você é danadinha mesmo!

T+