quinta-feira, maio 19, 2005

HOLY SITH 2! Agora em som THX!



RIIIIIIIIIIIISE, bitch!
A sala 15 do cinema UCI tremia com todo seu maravilhoso sistema de som digital, enquanto o cruzador do exército da República surje na tela, na cena inicial de A Vingança dos Sith. Vemos dois caças jedi aparecendo e a câmera os segue. Logo nos encontramos no meio de uma monumental batalha espacial na órbita de Coruscant, pegando justamente o momento em que fomos deixados na animação Clone Wars. Nos caças estão Obi-Wan e Anakin, cuja a missão é resgatar Palpatine, seqüestrado pelo General Grievous (que fez uma puta estréia no desenho e foi pouco aproveitado no filme). Segue-se então uns bons 20 minutos de pura grosseria e joselitices que os fãs vão babar. Há também um excesso de piadinhas, principalmente por parte de R2D2, mais highlander do que nunca. Como disse um amigo meu, parece um episódio (muito caro) do Chaves.



Ewan McGregor (Kenobi) está bem mais à vontade no papel e se destaca bastante, assim como Ian McDiarmid (Palpatine/Siduius) que se mostra ao mesmo tempo cada vez mais sinistro e vilanesco. Acho que ele deve ter adorado ficar dando gargalhadas insanas.

No climáx do filme, o pau come entre Yoda e Darth Sidius e entre Anakin e Obi-Wan. A pancadaria é intercalada, do jeito que Lucas gosta, e fica excelente. Os duelos estão mais emotivos, e destrutivos. Não são mais daquela elegância ensaiada e estilo cool do Episódio I, contra Darth Maul.



Bem, já mencionei que o filme é foooooooda pra caralho e com certeza redime Lucas das mancadas anteriores. Mas tem seus defeitos. Muita informação concentrada num filme só. Muitos nós soltos que já poderiam terem sido amarrados antes, ou pelo menos já encaminhados nos filmes anteriores. A conversão de Anakin para o Lado Negro fica meio "em cima da hora" demais, mas não deixa ser render cenas babantes . Algumas coisas foram bem fechadas, outras nem tanto, e algumas outras ainda estão em abertos, para quem sabe servirem de material para a série de TV.

Os minutos finais são reservados a amarração das pontas mais importantes, ligando este capítulo ao próximo. Finalmente pousamos em Alderaan e vemos como Luke e Leia nascem e são separados.



A animação Clone Wars serviu de ponte para os filmes e mostrou como se realiza cenas de ação de arrancar o ar dos pulmões. Lucas sentiu meio que uma dor de corno e decidiu engrossar a parada neste terceiro capítulo da saga. Só para se ter uma idéia, foram muito mais de 2000 tomadas de efeitos especiais, um fest-fuck da galera do design, animação e som. Tem que ser milionário para colecionar todos os brinquedos que serão lançados agora. Provavelmente o filme com a maior variedades de cenários que eu já vi, e com o maior número de geringonças e bichos estranhos. O pessoal do departamento criativo deve ter pirado. Imagino alguns dando adeus às suas esposas/maridos, levando malas com roupa e escova-de-dentes para o escritório da ILM. Imagino George com um chicote de luz e o produtor Rick McCallum batendo tambor.



E quem sugere, amigo é. Francis Ford Coppola sugeriu um especialista em diálogos, chamado Christopher Neil, pra dar uma mão pra Lucas na hora de lidar com os atores, já que este filme exigiria uma carga de intensidade emocional muito maior. O diretor aceitou a sugestão, meio que admitindo que é uma merda para lidar com gente, e se sente melhor com bonecos e CGI.

A Millenium Falcon aparece estacionada na sede do Senado, mas eu sou cego e não vi. Merda!

Em suma, Lucas está perdoando dos tropeços, mas ainda tem muito que melhorar. O filme é bom pra caralho, ainda não sendo o melhor de todos os seis. Divertiu, emocionou e impressionou. Os fãs mereciam o presente. E quem venha mais deste universo fodão, criado por um nerd que teve um belo insight nos anos 70.

Cliquem aqui para uma coisa fofinha.

Chill out, folks! Vão pro cinema, porra!
T+