segunda-feira, junho 01, 2009

Depois do apocalipse...



... restam apenas as ruínas da civilização, e é na wasteland da capital americana que o rpg mais fodástico da atualidade se passa, Fallout 3.

Eu comprei o jogo na época de seu lançamento, mas meio que comecei com o pé esquerdo. Não conseguia completar as primeiras missões e morria com mais facilidade do que peixe dourado de feira de animais. Larguei de lado e me dediquei a outros jogos.

Mas depois de tanto ouvir elogios regados à baba para o game, decidi dar uma segunda chance e foi amor... à segunda vista. Ele não poderia começar de maneira melhor: com você nascendo. E é ali no primeiro instante que você vê a luz é que você escolhe seu sexo, seu nome e ainda faz uma projeção do que será sua aparência no futuro. E dependendo do que você moldar, influencia até o rosto do seu pai (dublado por Liam Neeson). Só isso já basta para criar um vínculo sem precedentes com o seu personagem.

Os primeiros anos da sua vida se passam dentro do Vault 101, um abrigo subterrâneo feito para o caso de uma guerra nuclear, onde ninguém sai ou entra à gerações... ou pelo menos é o que você acredita. Aos dez anos você recebe um Pip-Boy, que é um computador portátil que serve como mapa, exibição de status e equipamento, lanterna e rádio. Na adolescência você passa por um teste pra definir sua carreira inicial de trabalho, e desde cedo vai moldando seus skills e caráter. Aos 19 é que a sua épica jornada começa de fato, quando numa bela manhã, seu pai desapareceu, deixando um bilhete de despedida, e os guardas do Vault estão à sua procura pra saber que porra é essa. Você então escapa daquele ambiente que até então era o único mundo que você conhecia, para aventurar-se na capital wasteland em busca do único familiar que você tem (esqueci de mencionar, mas a mãe morre no parto).


Papai Liam Neeson

A primeira visão que você tem da luz do sol, ardendo nos olhos e, logo após, a visão daquele mundo devastado e até deprimente é o que torna o jogo muito interessante. A idéia aqui é explorar. Ande pra todos os lados. O mapa é aberto e imenso, cheio de perigos, quests e recompensas. Um das primeiras cidades que você encontra é Megaton, construída com restos de aeronaves e hangares de aeroporto, dentro de uma cratera, onde bem no centro que uma bomba atômica que ainda esta ativa, mas inerte. Ela é até motivo de veneração por parte de um culto maluco da cidade. Lá você começa a buscar pistas sobre o paradeiro do seu pai e conhece várias figuras interessantes que lhe darão quests secundárias.



Mas, como isso é um mundo aberto e você faz o que der na telha, você escolher também como se comportar. Quer ser o paladino da justiça, ou um mad max, ou apenas um insano assassino que atira primeiro e procura coisas de valor nos corpos depois. Você ganha e perde karma de acordo com suas ações e isso influencia pra cacete em como o universo reage a você. Quer um belo exemplo. Você terá a opção de desarmar a bomba de Megaton ou de explodir a cidade pelos ares. A escolha é sua.

Depois de Megaton, seus caminhos te levam para vários lugares e o mundo fica cada vez mais perigoso, com raiders, super-mutantes, insetos gigantes e tudo mais que servir de desculpa prum mundo cheio de radiação. Torne-se um scavenger atrás de comida, dinheiro (tampinhas de garrafa), armas, munição e quinquilharias. Torne-se um assassino contratado. Torne-se um raider maldito. Torne-se um canibal. Torne-se um paladino armadurado. Torne-se um ranger. Torne-se uma aberração mutada. Torne-se um membro da Brotherhood of Steel ou um membro dos seus piores inimigos, o Enclave. Torne-se o que der na telha e divirta-se. O mundo é vivo e as coisas acontecem à sua volta, às vezes sem precisar de sua intervenção.


Bloooooooooood gore!!!!

Tem coisas pra fazer até fora de uma quest, como um slave camp que eu achei pelo caminho e decidi brincar de sniper com os raiders e depois descer lá e libertar os escravos. Foi como jogar uma fase inteira sem obrigação nenhuma. Simplesmente porque surgiu no meio do caminho e deu na telha ajudar.



Siga a quest principal (que é muito interessante aliás) entrelaçando com as secundárias, que irão te dar mais experiência, tentando assim tirar o máximo de proveito do jogo. Eu mesmo terminei o game ontem, mas tá cheio de área inexplorada, então vou voltar alguns saves atrás e correr atrás do prejuízo.

O jogo só não é perfeito por causa de alguns bugs a animações duras de personagens. Mas conseguem ser detalhes menores num mundo tão vasto e imersivo. Quem não tem X360 ou PS3, o jogo também está disponível no PC.

Assitam ao vídeo review abaixo.



T+