Eu não sei o que eles fumam, mas eu também quero...
Casshern é a prova de que os japoneses tomam drogas psicodélicas que eles não dividem com o resto do mundo. Filme live-action, feito no mesmo esquema fundo azul de Sky Captain, e inspirado num anime de mesmo nome de 1973.
A história se passa num mundo alternativo, repleto de doenças e outros males resultantes de anos de guerras químicas, biológicas e nucleares. É neste cenário que encontramos o geneticista Dr. Azuma, um homem obstinado em procurar uma solução para impedir o declínio da civilização. Em meio às suas pesquisas, Azuma descobre uma forma para rejuvenescer o corpo humano e regenerar a raça humana, essa descoberta é batizada de neo-cell. Porém, durante o desenvolvimento da neo-cell, um acidente acontece liberando uma raça mutante dos humanos pelo mundo. Este acontecimento poderá resultar no fim da humanidade. Para combater esta nova ameaça, surge um novo herói, Casshern.
Bem, essa é a sinopse oficial, mas a viagem na maionese pra quem assiste é muito maior. A produção tem de tudo. Romance, espiritismo, brigas de poder entre pai e filho, questões sociais, robôs gigantes, lutas que variam de um simples duelo ensaiado até pancadarias épicas entre super-seres e uma hiper-mega-explosão no final. Computação gráfica presente em praticamente todos os takes, criando um mundo cyber-industrial sujo, deprimente e, às vezes, bem poético. Tudo isso com apenas seis milhões de dólares de orçamento. Nada mal.
Mas esteja avisado. O filme é japa, por isso é bom desligar o modo ocidental de pensar. A narrativa é de anime, não tem final feliz, tem horas que deprime, é uma completa falta de noção e os caras gostam de fazer um roteiro com mil plots acontecendo ao mesmo tempo.
Divirta-se!
T+