quarta-feira, agosto 10, 2005

Run, bitch... RUN!



Assisti hoje A Ilha, novo filme do megalomaníaco Michael Bay. Boa pipoca, com alguma coisa que pode se chamar de conteúdo. Digamos que você leva metade do filme a sério e a outra metade é puro espetáculo. Como o cara gosta de destruir coisas... hehehehehe!

O maior problema mesmo desta nova produção está no trailer, que já conta tudo que tem pra contar e revela todos os segredos. Será que não aprenderam nada com o trailer do primeiro Matrix? A história até nos lembra em dado momento o universo de Neo, já que aqui também temos humanos sendo 'cultivados', só que não por máquinas, mas sim por uma grande corporação que cria clones que servem de doadores de órgãos ou reprodutores para quem não pode ter filhos. Os clones são iludidos, vivendo num grande centro comunitário, sem fazer idéia do que são na verdade. Quando um clone é selecionado pra morrer e servir ao seu propósito doando suas partes para o original necessitado, significa que ele foi o "sortudo escolhido através de uma 'loteria' para ir para a Ilha, o último paraíso na Terra." Na cabeça dos clones, são implantadas falsas memórias sobre sua infância e sobre uma 'contaminação global' que tomou conta do planeta, tendo a Ilha como último refúgio. Isso faz com que todos aguardem anciosamente pelo resultado dessa 'loteria' para que possam ganhar uma passagem para o paraíso. Só que no caso a passagem é só de ida e paraíso tem outra conotação.

Bem, quando um casal de clones descobre a verdade, eles fogem e aí a caçada começa. É nessa parte que o filme mostra que é do Michael Bay mesmo, com direito a tiros, explosões e perseguições pra lá de destrutivas. Bem, eu gosto dessa falta de noção, mas pode não agradar as mentes 'mais sérias e inteletuais'. Por sorte, o nível do elenco é muito bom, encabeçado pelo sempre competente Ewan McGregor, tendo como antagonista outro exemplo de competência, Sean Bean.

Até que o tio Bay nos trouxe coisas legais, como A Rocha, o primeiro Bad Boys e Armageddon (a zoação do roteiro faz o filme valher o ingresso). A Ilha diverte, mas aposto que seria muito melhor e surpreendente se a propaganda não tivesse mostrado todos os segredos do roteiro.

T+