sábado, agosto 12, 2006

Uwe Boll, aprende como se faz...



Acabei de assistir Silent Hill, longa inspirado no game de mesmo nome, que tem rivalizado com Resident Evil na categoria de terror. Finalmente, um filme derivado de um jogo que não cai na maldição de ser uma merda. Silent Hill cumpre muito bem o seu papel... aterrorizar (no melhor sentido da palavra). Parabéns ao diretor estiloso Christophe Gans, que nos trouxe o maravilhoso Brotherhood of the Wolf e Crying Freeman. Quando um roteiro cai em mãos competentes, o buraco é mais embaixo.

A história gira em torno de um casal e sua filha adotada, que volta e meia dá uns ataques de sonambulismo e fica repetindo o nome da cidadezinha Silent Hill como um mantra. A mãe decide então ir com a filha até esse tal lugar pra ver que porra é essa. É aí que a porca torce o rabo. Silent Hill é uma cidade fantasma, abandonada depois de uma catástrofe que ninguém parece gostar de comentar. As estradas estão interditadas e não é fácil chegar até lá. Mas, como protagonista de filme de terror é bicho burro, a mãe vai mesmo assim. Desnecessário dizer que rola merda, ela bate com o carro, apaga, e quando acorda, a filha sumiu, e ela se vê no meio de um nevoeiro de cinzas. Igual ao jogo. Daí o festival de bizarrices começa. De tanto em tanto tempo, um alarme soa, e as trevas tomam conta da cidade, e todo tipo de criatura infernal começa a surgir.

Os efeitos especiais (excelentes por sinal) ajudam a trazer à vida as coisas mais aterrorizantes possíveis, saídas da mente doentia do desenhista de produção. Ajuda se você assistir sozinho, de madrugada e com as luzes apagadas... como eu. Maximize o terror... é bem mais legal.

Como eu disse acima, até que enfim um filme de game que você pode chamar de bom. Nenhuma obra prima da sétima arte, mas ainda assim muito bom. Quem joga então, vai até procurar pelo controle pra poder guiar a personagem na sua jornada de descoberta do passado medonho da cidadezinha do capeta. Muito foda! Até a música é parecidíssima com a do jogo. Vale a pena conferir.

E fica aqui de lição para Uwe Boll (Alone in the Crap e House of the Shit), aquele diretor alemão filho da puta que comprou os direitos de uma porrada de jogos para ele mesmo ter o prazer de estragar um por um. E também, Paul W.S. Anderson, o cara que transformou o longa do Resident Evil num filme de ação... ruim. Porra, não é difícil entender, é?

T+